Arte & Letra, 2004. — 448 p.
De todos os idiomas criados pelo filólogo e autor britânico J. R. R. Tolkien (1892-1973), o mais popular sempre foi o quenya. Parece também ser o mais desenvolvido de todos os idiomas inventados por Tolkien. De fato, apenas dois deles - quenya e sindarin - são tão completos que uma pessoa pode, com alguma facilidade, escrever textos substanciais neles sem recorrer a uma massiva invenção própria. Até recentemente, o sindarin era pouco compreendido, e sua complexa fonologia pode desanimar novos estudantes (especialmente se eles não possuírem treinamento lingüístico). Meu conselho para as pessoas que querem estudar as criações lingüísticas de Tolkien definitivamente seria que elas começassem com o quenya.
Ter o conhecimento desse idioma facilitará estudos posteriores de outras línguas, incluindo o sindarin, uma vez que o quenya representa apenas um ramo da família das línguas élficas: as línguas élficas não são entidades independentes, mas todas evoluíram de uma língua ancestral comum e, em muitos aspectos, o quenya situa-se mais próximo do seu original primitivo do que os outros idiomas.